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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SNCT
Educação para o aproveitamento de resíduos sólidos

Posted by Agenotic
Letícia Santos

A reutilização de objetos que vão parar no lixo é um assunto urgente ao passo que cresce a população urbana. No último dia 18, o professor Francisco Carlos de Francisco, do departamento de Geociências, da UFRRJ discutiu o problema no minicurso “Resíduos sólidos urbanos: aproveitamento e utilização”. O evento foi realizado no auditório Paulo Freire (ICHS), por ocasião da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, e mostrou a importância dos resíduos sólidos para a sociedade.

Com o aumento do número de habitantes do planeta, o consumo também cresce e gera maior quantidade de resíduos. Uma saída para o controle da produção de lixo, apontada por Francisco, é a reeducação com base na escola. Segundo ele, as crianças não têm uma visão massificada e podem ser educadas para o aproveitamento do lixo. “Alunos do ensino fundamental precisam de orientações para o tratamento de resíduos sólidos, mas é necessário também que no ensino médio haja trabalhos de reutilização desses materiais”, explica o professor. O lixo é considerado um subproduto econômico e tem valor de uso.

Dados exibidos por Fancisco de Francisco mostram que 260 mil toneladas de lixo são produzidas diariamente nas cidades brasileiras. Desta quantidade, 59% vão para o lugar onde se deposita o lixo em uma área urbana. Aterros controlados, aterros sanitários e outras formas corretas de finalização de resíduos recebem apenas 13% da produção total.
Para fazer o aproveitamento dos resíduos é preciso saber de sua origem. O lixo pode ser vegetal (sobra de alimentos, papéis, madeiras), animal (carnes, ossos, couros, laticínios), mineral (latas, vidros, louças, cerâmicas) e sintéticos (plásticos, borrachas, vinil, tecidos). A composição da produção diária, em dezembro de 2010, era de 53% de matéria orgânica, 25% de papel e papelões, 3% plástico, 2% vidro e 15% de outros componentes. O alumínio é o produto mais reutilizado por causa de seu custo, pois o valor de sua extração é muito maior que o de reciclagem. Por outro lado, existem produtos largados na natureza em grande porcentagem. Apenas 15% do plástico é reciclado enquanto 85% dele está na natureza. A estimativa da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, em 2010, é de que apenas 300 mil pneus de 100 milhões são reciclados. Por mais que existam formas de tratamento de lixo como compostagem, reciclagem e coleta seletiva, a maior preocupação, na visão de Francisco, é que essa quantidade de resíduos produzidos diariamente vai se multiplicando a cada ano.

Para finalizar, o professor Francisco Carlos de Francisco apresentou algumas imagens de lixões. Entre eles, estava o de Seropédica com vários resíduos hospitalares e outros despejos ilegais.

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