SNCT
A crise
capitalista e os impactos ambientais
Por Iago Duque e Flávio Jorge
“O desemprego, que é produto do
capitalismo, transformou as pessoas em lixo”. Essa declaração foi proferida pelo
professor Maurílio Botelho, docente do curso de Geografia da UFRRJ, durante o
evento “Impactos Ambientais e Educação do Campo”. Segundo o professor, o
sistema capitalista provocou a superprodução da força de trabalho, popularmente
conhecida como desemprego, que por sua vez, produziu o pior tipo de impacto
ambiental, “a transformação das pessoas em lixo”, justificado pelo palestrante pelas
conseqüências com o desempregado que acaba se tornando uma peça descartável.

O curso de Educação no Campo, desde que foi criado na Rural, há um ano,
tenta mostrar como a discussão sobre os impactos ambientais estão ligadas à
crise do sistema capitalista. “Pensar a educação do campo é questionar o modelo
de desenvolvimento atual. Não desvincula a crise ambiental da crise do
capital”, afirmou Roberta Lobo, coordenadora do curso. Essa ideia é reafirmada
por Botelho: “O debate relacionado à crise ambiental vem da mesma época em que
o capitalismo entra em uma crise profunda, a década de 1970. Isso não é mera
coincidência”, afirma, ao mesmo tempo em que ressalta a importância de se
debater mais os problemas ambientais do campo: “A gente vê muita discussão
sobre problema ambiental na cidade mas esquece que o campo talvez seja muito
mais afetado por isso”.

Após uma breve apresentação ministrada pelos professores Roberta Lobo
e Maurílio Botelho, os presentes no evento assistiram a um trecho do
documentário “Home – O mundo é a nossa casa”. Em seguida foi promovido um
debate sobre o filme. Quem assistiu e aprovou foi Felipe de Sousa Guimarães, 21
anos, aluno do curso de Geografia da Rural. “O filme é muito bom. O professor
Maurílio é meu professor. Muito do que ele falou eu já tinha visto em aula e é
super interessante”.
O evento foi realizado no dia 18 de outubro, das
14h às 17h no salão Azul do P1 e fez parte da Semana Nacional de Ciência e
Tecnologia da UFRRJ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário